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Mostrando postagens de 2011

Bando de amadores!

Saio do trabalho esfomeado e cansado. Mais esfomeado que cansado. O cenário em casa é desolador. O típico apartamento do homem largado e só. A geladeira está cheia de refrigerantes, cervejas, sucos, água mineral, leite e mais alguns líquidos não identificados. De sólido, uns pedaços de queijo, ovos comprados ainda nesse ano e uma cebola esturricada. Penso onde matar a fome. Bob's e McDonald's não merecem meu apetite. Vou ao Informal. Na saída do meu trabalho, perto e rápido. Chego ao local e para minha surpresa a casa está praticamente lotada, com apenas uma mesa a minha espera. Sento e fico observando as criaturas ao redor. Grupos se reunindo e confraternizando o fim de ano. Em novembro!! Amigos ocultos, tiazinhas empunhando 8 máquinas fotográficas e tirando a mesma foto nas 8, que certamente serão bostadas (alô alô revisão: é isso mesmo!) no Facebook. Ai meu Deus! Quanta vontade de comemorar o fim do ano... São aquelas pessoas que nunca saem de casa. Ordeiros, correm ao lar a

O pedestre distraído de Copacabana

Caminhando despretensiosamente pela Nossa Senhora de Copacabana, ainda iluminada pelo onipresente horário de verão, cruzo com um rosto conhecido. O cérebro, entorpecido por pensamentos distantes e desgastado pela motorização 4.5 leva uns 2 segundos para levar a ordem a boca: "Tássia!". Imediatamente, o mesmo órgão flácido e carente de neurônios perdidos em constantes bebedeiras reconhece o inevitável: estava diante de uma moça que tem uma irmã gêmea. Conheço a irmã, mas não conhecia a irmã. Quer dizer... Ih, que complicado! Suada, voltando da academia, a simpática moça interrompe seu caminho e refaz o script escrito e reptido há anos: "Não, eu sou a Paula...". O idiota aqui se apresenta e fala uma frase inédita. Duvido que a Paula ou a Tássia já tenham ouvido: "Nossa! Mas vocês são muito parecidas! Até a voz é igual...". Paula, prazer em te re-conhecer dias após ter re-conhecido a Tássia. Nos anos 80 não valeu, né? Agora você já tem mais um paciente... Pa

Nós somos otários?

Cartão Citibank Visa Gold teve o despautério de me cobrar R$ 94,31 entre multa, juros e encargos por atraso no pagamento da fatura passada. Liguei para eles e os intimei a estornarem tamanho abuso dando 3 motivos: 1-Greve dos correios; 2-Foi só um dia de atraso; 3-Sou um heavy user do cartão, nunca atrasando o pagamento da fatura, tampouco parcelando (o que eles até gostariam, para me aplicarem os simpáticos juros de 14% a.m.!!). Depois de 13 minutos na linha, o atendente com voz de Drácula me informa que sim, eles iriam abater essa cobrança na próxima fatura (ou eu posso abater nessa mesma) somente por causa da greve dos correios. Ou seja: você nunca atrasa o pagamento da fatura, usa o cartão para pagar quase tudo da sua vida e quando rola um pequeno vacilo, eles tem a magnanimidade de retirar a cobrança de juros só por causa da greve dos carteiros?!?! É por isso que essas instituições financeiras estão podres de ricas. Existem vários comerciantes que preferem te dar um desconto a vis

Obama passeia no Grajaú

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A dona dos olhos azuis para ao meu lado e me acompanha na paquera às manchetes dos jornais do dia e de pronto falou: "Hoje é um péssimo dia para os racistas! Minha nora é uma...". A senhorinha falava e olhava as fotos daquele homem negro espalhadas por todos os jornais. Era um sábado de sol e à noite, aquele homem negro, o homem mais poderoso do mundo, estaria em nossa cidade, pisando no nosso solo, respirando nosso ar. Quase ao alcance das mãos. Me despeço dela e, lembrando da morte de outra senhorinha do bairro há pouquíssimo tempo, recomendo atenção ao atravessar a rua. "Eu moro nesse quarteirão mesmo. Mas é por causa daquela senhora, não é?". Sim, era. Uma pobre senhora, carola, tinham dito no dia, que atravessou a praça na hora errada em frente ao ônibus errado numa segunda-feira de carnaval. Até eu voltar do meu jantar, nenhum familiar havia aparecido para reconhecer o corpo. Cenas de um final de verão.

Copa, sempre Copacabana...

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Hoje voltei a rever aquele senhor já comentado aqui por mim por causa de sua extravagante gravata. Sou bom fisionomista, mas muito cansado e voltando para o lar após uma segunda-feira longa, não reparei muito quando aquele senhor entrou no vagão mais ou menos cheio e logo alguns cidadãos mais educados levantaram-se a lhe ceder o lugar. Meio dormindo, meio acordado, fitava o movimento quando fui subitamente despertado ao reparar na gravata do sujeito: era num tom amarelo mostarda com um desenho de uma modelo pin-up enrolada numa bandeira da Suécia. No início do post, o mais próximo que achei do que vi, só que com a bandeira da França. O cabelo dele continuava pintado no tom acaju, o olhos sempre bem abertos e o paletó compunham o personagem. Só em Copa mesmo...