Força-tarefa: uma piada!

Murilo Benício e Milton Gonçalves do seriado Força-tarefa
Na última quinta-feira gastei meu precioso tempo para, pela primeira vez, assistir a esse pseudo-seriado da TV Globo. Fiquei impressionado como uma empresa de televisão com tantos recursos pode fazer um seriado policial tão tosco! Qualquer filme de 5ª feito em Hollywood supera aquilo.
Não vou me estender muito na análise do programa para não me aborrecer mais e nem à vocês tampouco. Vejamos apenas a cena do estacionamento: O Tenente Wilson, razoavelmente interpretado por Murilo Benício, leva a namorada e a sogra do interior para um passeio pela Cidade Maravilhosa. Na volta ao estacionamento onde estava seu carro, sofre uma emboscada mas consegue prender seus possíveis assassinos. Até aí, nada demais. Cansamos de ver essa cena muito melhor dirigida em trocentos filmes americanos.
O problema começa com o estacionamento completamente vazio. Apenas o carro do nosso herói estava lá. Não dá para crer nisso. Obviamente, para aproveitar aquele espaço, a gravação foi feita em um domingo de manhã, dia em que o edifício garagem Menezes Cortes recebe muito menos carros que durante a semana.
Depois vemos dois motoqueiros colados na traseira do carro do policial durante uns 45 segundos. Aqui, dois espantos: por que não atiram logo? Como um policial esperto como Wilson não sentiu a presença suspeita antes? Quando finalmente ele sai de seu torpor, certamente pensando onde mais sua namorada iria querer levar a mala de sua sogra caipira, ele manda as duas mulheres abaixarem (as duas estavam no banco de trás! Como assim?) e aí sim! os bandidos começam a atirar pra valer e obviamente não acertam uma e logo depois são colocados a nocaute.
Nessa hora, recebem telefonema do delegado corrupto que havia contratado o "serviço" querendo saber como foi. Wilson abre o flip do celular, nada fala e escuta a voz do outro lado: "Aqui é o delegado Fulano. O serviço foi feito?" Peraí! Quando que um delegado corrupto iria se identificar dessa maneira? Só faltou dar o número da matrícula funcional, ora!

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