Bill Clinton. Esse é o verdadeiro "cara".


Em março desse ano, duas jornalistas americanas, Euna Lee de origem coreana e Laura Ling de origem chinesa, atravessaram a fronteira da China para a Coréia do Norte sem terem visto de entrada. Foram presas sob a acusação de espionagem. Em junho foram condenadas a 12 anos de trabalhos forçados. Quando se está em um país totalitário como a Coréia do Norte, Irã, Venezuela entre outros, uma sentença como essa é garantia de que se irá ver o astro rei nascendo de forma geométrica durante um bom tempo. Talvez até o fim de seus dias.
Pode-se falar muitas coisas negativas a respeito dos EUA e dos americanos em geral. Algumas delas são merecidas. Mas o que não se pode falar dos americanos é que eles não sejam patriotas, defendam seu jeito de vida a todo custo bem como a seus compatriotas em perigo no estrangeiro.
Nessa terça-feira o ex-presidente americano Bill Clinton viajou de surpresa à Coréia do Norte. Lá chegando, se reuniu com o ditador de plantão para negociar a liberação das prisioneiras. Qualquer outro enviado para esse fim, de qualquer país, certamente faria um excelente trabalho de diplomacia, discutindo horas a fio em seus diferentes pontos de vista sobre os mais variados temas do instigante mundo das relações internacionais. Ao cabo desse encontro, uma declaração conjunta ou uni-lateral seria feita e nosso (ou deles) heróico embaixador voltaria para casa com a sensação de dever cumprido. E as prisioneiras continuariam apodrecendo nas masmorras norte-coreanas. Bill Clinton não. Com todo o prestígio e carisma que possui, ele conseguiu e embarcou de volta para casa levando as duas jornalistas que foram "perdoadas" pelo ditador.
É uma pena que a constituição dos EUA não permita um terceiro mandato de presidente de qualquer maneira. Tendo sido eleito presidente para dois mandatos, ele não pode se candidatar nunca mais. Pensando melhor, essa coisa de terceiro, quarto, infinitos mandatos é coisa de ditador de república de bananas. Se ele assim o quisesse, talvez não seria o grande homem que é.
É uma pena também que o povo norte-americano seja tão falso moralista a ponto de quase enxotar esse homem da Casa Branca por uma bobagem cometida por ele em sua vida particular e que não causou dano nenhum ao país.
Enquanto isso no patropi, um estudante brasileiro de 28 anos, em viagem pela Ásia e África para coletar informações para uma tese de doutorado sobre economia da pobreza, se perde no Malawi, sul da África e a família tem que implorar ajuda ao Itamaraty. Se estiver vivo e voltar ao lar, Gabriel talvez tenha alguma contribuição a fazer ao país no futuro, fruto de seus profundos estudos. Mas gente estudiosa não faz muito a cabeça dos chefes da terra do bolsa família.
Atualização: Gabriel Buchmann está morto. Seu corpo foi encontrado na manhã de quarta-feira (05/08) no Malawi. Descanse em paz.

Comentários

Unknown disse…
Xandão, os Yankees não são patriotas...são SOBERBOS. Sou suspeita, tenho bronca da cultura estadunidense. Quanto ao Clinton, noooossa...um boçal. Ihh, tô parecendo os anônimos quando vc publicou post sobre o Fabio de Mello. Hihihihi. Bjs, Vv.
Xandão disse…
Vivi... se o Clinton é um boçal, o que é George W. Bush? Rsrsrs...

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