Nas manhãs de setembro.

Semana passada, enquanto engraxava os sapatos na Almirante Barroso, fiquei a observar o povo que passava. Observava também o povo que saía do prédio que fica em frente ao engraxate. Notei lá dentro do edifício, saindo do elevador, toda encolhida e com os braços cruzados uma jovem de não mais que 20 e poucos anos, mas que andava como uma velha de 90. O rosto estava crispado de dor. Os olhos, quase fechados. Os passos eram largos em direção à rua, e quando lá chegou, bradou: "Aaahhh.... O CALOR!!!" Assim mesmo. Gritou. E abriu um enorme sorriso de tão contente em sair de uma temperatura glacial, pelos seus parâmetros é lógico, e encarar a canícula.
Muito provavelmente, a sala onde essa menina trabalha devia estar com o ar refrigerado regulado em uns 22/24º se tanto. Obviamente, ali pode haver algum tarado, que ainda por cima é o dono do escritório, e coloca a temperatura no máximo do mínimo. Mas o ponto aqui é como as mulheres são friorentas. E querem nos submeter ao calor também. Ora, o frio tem solução. Elas que coloquem um casaco!
Além disso, na hora de chegar e sair do trabalho, ir almoçar, ir pra balada, elas podem usar suas blusinhas de alcinhas. E nós? Ternos, mangas compridas, gravatas, calças compridas. Um inferno! Mulheres definitivamente não sabem o que é frio e nem calor. Quando a temperatura está agradável, elas morrem de frio e quando faz um calor senegalesco elas acham o tempo ótimo. Vai entender a química.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ler jornal

Esplanada Grill

O namorado cavalheiro.